segunda-feira, 26 de setembro de 2011

REVOLUÇÃO ACREANA: CONFLITO POR INTERESSES

A história da Revolução Acreana construída por alguns autores acabou tornando-se símbolo do processo de Anexação do Acre ao Brasil. Sobre este tema construiu-se, também, a história de José Plácido de Castro que é tido como principal peça, construiu-se também a idéia de uma luta por patriotismo.
A Revolução Acreana tem sido atualmente, recontada e interpretada de formas diferentes, seja pela historiografia boliviana, ou seja, pela acreana. São vários olhares sobre como se contou os fatos, sobre como têm sido contados e como poderiam ou deveriam ser contados.
Todavia, se estudado bem a fundo todo o processo, não só com fontes escritas, mas também com fontes vivas, ou seja, pessoas que tem ligação direta com os chamados “veteranos da revolução” se vê que a história se constrói bem diferente da historiografia atual, porém isso esta mudando  com a preocupação de resgatar a verdadeira história. Assim, o objetivo desta pesquisa é desconstruir essa historiografia contada pelos historiadores. Para isso, temos como objeto de estudo a Revolução Acreana.
Na metodologia do presente artigo foram utilizados textos de diversos autores que se debruçaram ao estudo sobre temas relacionados à revolução e construção da história do Acre. Além disso, foram observados depoimentos orais de pessoas que tiveram um contato com o momento histórico, com o palco dos acontecimentos.
 “Revolução – conjunto de acontecimentos históricos que têm lugar numa sociedade e que envolvem geralmente o país inteiro, quando parte dos insurgentes consegue tomar o poder e mudanças profundas (políticas, econômicas, sociais) se produzem na sociedade” (Dicionário HOUAISS da Língua Portuguesa)
Inegavelmente o acre pertencia à Bolívia. Na verdade essas terras nunca se configuraram brasileiras, tratados e acordos comprovam isso desde os tempos de colônia a região do que seria o futuro Acre sempre fez parte das terras espanholas assim confirmando o seu verdadeiro titular. Sendo assim ao invés de chamamos de “revolução” poderíamos chamar de “conflito por interesses econômicos”. Uma área onde se encontrava grande quantidade de látex, principal produto para a indústria pneumática. Foi ai que começou o grande problema entre duas nações, na verdade o problema era entre os que se beneficiavam (Seringalistas, Governos do Amazonas e Pará) com o lucro da “Havea Brasiliensis” e os bolivianos, pois o governo brasileiro tudo fez para deixar a região com o verdadeiro proprietário e, após alguns acordos diplomáticos, em janeiro de 1899 a Bolívia constrói um posto aduaneiro em Puerto Alonso, Lugar estratégico por onde trafegavam boa parte das embarcações. A aduana boliviana cobrava impostos de até 40% do valor do produto. Não havendo como repassar esse aumento às casas exportadoras, uma vez que estas já preestabeleciam os preços, os seringalistas tiveram que arcar com os prejuízos e os governadores com a diminuição drástica da arrecadação tributária.
A partir desse momento iniciam-se os conflitos dos interessados sobre a economia oferecida pela borracha, onde o governo do amazonas começa a financiar insurreições e, ainda, envia ao Acre expedições militares através de Plácido de Castro. Em 06 de agosto de 1902, Plácido de Castro, já com um exército formado por seringueiros, dá início a um verdadeiro conflito armado em Xapuri.
Atualmente temos a versão de um historiador Boliviano Hernán Messutti em que apresenta o tão idolatrado Plácido de Castro como mercenário, pois entrou na disputa entre Brasil e Bolívia por dinheiro, aproximadamente duzentos e cinqüenta mil contos de réis. Na historiografia de alguns autores é percebível o uso da palavra patriotismo para justificar o “Conflito Armado”, uma luta onde o povo não queria perder a sua terra, chega a ser engraçado, pois um povo, como Euclides da Cunha Diz “O seringueiro é o homem que trabalha para escravizar-se” que tinha suas raízes no nordeste, motivo algum teria para se envolver com essa “briga”, pois fosse qual fosse a administração a sua condição pouco mudaria.
A historiografia da revolução acreana tem sido contada de forma linear, no entanto, atualmente, essa mesma história tem sido reconstruída por autores que tem realizado novos estudos.
A partir de agora esperamos ter contribuído para um possível novo olhar sobre a “Revolução Acreana”, pois a história como estava sendo contada passou a ser contestada por quem vem realizando novas pesquisas. Além disso, um fato importante a ser mencionado é o de que a imagem que estava sendo passada de grandes heróis que estavam lutando pelo patriotismo.
A presente pesquisa não pretendeu aqui, dar conclusão ao tema aqui abordado, haja vista a Insuficiência de métodos, dados e o tempo disponível para o aprofundamento devido à esta pesquisa.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Escolas Públicas

Veja só como é essa Escola pública paulista



Imagina aqui no Acre, como não são as nossas escolas. Portanto, A sugestão é que, depois de assistir ao incrível vídeo do Gustavo, todos entrem neste site e assumam também a campanha 10% do PIB para a educação já! 
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N13990